Manuscritos do Silêncio

"O silêncio é capaz de expor um lado da humanidade que nem milhares de palavras seriam capazes de descrever." Sisá Fragoso - Manuscritos do Silêncio

sábado, 22 de setembro de 2012

Legado Laynes




A vida é cheia de desafios. Milhares de vezes você realmente considera desistir de tudo, abandonar os problemas e simplesmente sumir, deixando tudo para trás. A solução mais fácil. Perdemos a conta das vezes que sentamos e largamos o controle de nossas vidas, mas quando vencemos entendemos que se o caminho até ali não tivesse sido tão rigoroso e cheio de obstáculos, aquela vitória não seria digna.
- Game! Partida, Laynes. – Gritou o juiz sentado na cadeira alta na lateral da quadra.
Estava ofegante e exausto quando abandonei a raquete no chão e cai sentado. Havia sido uma longa partida pela final do Torneio de Marselha, mas a vitória era minha. A multidão aplaudia o jogo acirrado e os patrocinadores davam inicio a cerimônia de encerramento. Minha carreia como tenista começou ainda quando muito pequeno e agora valia o esforço.
- Aí está o grande astro! – Um homem fisicamente muito parecido comigo abria espaço entre amigos e fãs na festa de comemoração. – Estou orgulhoso de você, Luke.
- Não teria conseguido chegar até aqui sem a sua ajuda, Tommy.
Thomas Laynes, tenista classe A aos 25 anos, e meu irmão mais velho. Durante anos jogávamos em dupla nos torneios regionais, mas em algum momento seguimos rumos diferentes em torneios diferentes.
- Relaxe, irmãozinho. Apenas aconselho você. Se não fosse um bom tenista não faria diferença nada do que falo. – Tommy deixou a taça de vinho de lado. – Bom, preciso ir ou vou perder o avião.
- Avião? – Perguntei surpreso.
- Estou voltando para Londres essa noite. Meus treinos começam depois de amanhã.
Sim, dentro de três meses começaria um dos quatros torneios mundiais. Roland-Garros prometia ser bem disputado este ano. De minha parte, não estava dando maior importância para o torneio em si, meu objetivo era outro.
- Tenho uma semana de férias graças a essa vitória em Marselha, mas também darei inicio aos treinos, Tommy, e daqui há três meses vou derrotar você em Roland-Garros.
Meu irmão logo riu me dando um abraço e bagunçando meu cabelo. Um típico irmão mais velho.
- É bom sonhar, Luke. É bom sonhar.
Ele gostava de treinar em Londres, nossa cidade natal. Não importa onde será o torneio, os treinos são em casa. Quanto a mim, treino na cidade onde será o torneio, evitando o cansaço das viagens. Para minha sorte, estava agora em Paris, e era exatamente onde o próximo torneio aconteceria.
- Nos vemos em três meses, irmãozinho. – Tommy me cumprimentou e já dava as costas, rumando para a porta do salão de festas. – Ah, mais uma coisa. Não se esqueça que inventaram a palavra Problema...
- Para justificar a palavra Superação. Eu sei. – Vivi meus 23 anos sob o lema de meu irmão.

Nos meses seguintes mal tive contato com Tommy. Treinávamos e dormíamos, sem tempo para vida social. Esportistas sérios sacrificam tudo para serem os melhores em seus esportes, ao invés de desperdiçar tempo e dinheiro com festas e futilidades.
Das poucas vezes que falei com meu irmão por e-mail, trocamos apenas desafios de quem seria o melhor no grande torneio. Uma rixa antiga entre dois irmãos competitivos demais, porém que nunca nos afastou.
- Vários tenistas já chegaram a Paris. – Meu treinador assistia ao jornal de esportes enquanto tomávamos café. – E seu irmão?
- Chegará esta noite. Estou ansioso em vê-lo. Aposto que melhorou muito e vai ser um bom desafio.
Naquela tarde treinei sem descanso. Apenas com vinte minutos de pausa para um lanche ao meio-dia. Não vi ou falei com ninguém além de meu técnico. Eram por volta de sete e meia da noite quando deixamos as quadras e voltamos ao hotel onde estava concentrada a maior parte dos tenistas do torneio. Assim que cruzei a porta senti o clima pesar. Funcionários do hotel e outros jogadores me olhavam com surpresa, ou talvez fosse pesar.
- Laynes... – Francis Every, um tenista francês velho conhecido vinha me estendendo a mão.
- Every. Quanto tempo não o vejo. – Estava agindo normalmente, embora Francis parecesse hesitar. – O que houve? Todos parecem tão abatidos.
O francês ainda apertava minha mão quando arregalou os olhos confusos.
- Você não sabe... – Novamente hesitava.
- O que?
Francis soltou minha mão e foi até o televisor no saguão do hotel, aumentando o volume do telejornal. Imagens de um grupo de resgate apagando o fogo de alguma estrutura metálica deformada ocupavam a tela enquanto a repórter falava.
- O avião de passageiros da Air France partiu de Londres as seis da tarde desta terça-feira, com destino à Paris. Cerca de uma hora após a decolagem o piloto relatou problemas no motor e tentou realizar um pouso forçado. O trem de pouso não respondeu aos comandos e o avião se chocou contra o chão, explodindo imediatamente. Não há sobreviventes. – Uma pausa dramática que para mim pareceram longas horas. – Entre os passageiros estava o tenista Thomas Laynes, a caminho de um torneio na França...
A repórter continuou falando, mas eu não ouvia mais nada. Era como se o mundo houvesse parado de girar sob meus pés enquanto a tela dividida mostrava os destroços irreconhecíveis do avião e uma foto de meu irmão mais velho. Os olhares de pena de todos a minha volta começavam a me irritar. Quando Francis disse que sentia muito por minha perda e me abraçou, me senti uma criança e não tive como evitar todas as lágrimas que me vieram aos olhos. Meu irmão mais velho, meu melhor amigo, estava morto e nada o traria de volta.
No dia seguinte liguei para meus pais. Estava determinado a abandonar o torneio, voltar para Londres e realizar todas as cerimônias possíveis em honra a meu irmão, mas minha mãe me convenceu de que Tommy não gostaria que eu abandonasse tudo por ele. Quando nossos avós morreram anos antes, meu irmão foi paciente com minha tristeza e disse que a morte faz parte da vida, que é uma opção chorar por quem se foi, mas nunca devemos deixar que nossos corações se vão com quem já não está mais aqui e sim guardar os entes queridos em nossa memória.
Quatro dias após o acidente que tirou a vida de meu irmão, se deu inicio o torneio de Roland-Garros. Durante a abertura houve uma grande homenagem a Tommy. Fotos e vídeos de sua carreira como tenista, elogios sem fim de amigos, fãs por todo lado com faixas e cartazes. Todos os tenistas, homens, mulheres ou juniores, decidiram passar o resto do torneio com uma braçadeira negra, em luto pelo amigo e rival perdido.
Meus jogos estavam um desastre. Ganhava com dificuldade e com pontos apertados. Os treinos eram horríveis e eu entregava jogadas ao adversário. Minha concentração era zero e minha vontade de continuar era tão baixa quanto. Estava cansado. Mal dormia, todas as noites me revirando na cama entre memórias e pesadelos. Logo o cansaço me faria delirar.
- O que está fazendo? – Alguém falou no quarto escuro.
- Tentando dormir. – Respondi de forma automática, sem associar as coisas.
- Não, seu idiota. O torneio. Está estragando tudo. – A voz se calou esperando algum comentário meu, mas eu estava cansado demais. – Luke, não estrague sua carreira só porque eu morri.
Em um estalo levantei assustado e disparei a mão para o interruptor de luz. Não havia ninguém no quarto. Mais consciente começava a perceber que não estava sonhando e que a voz de Tommy estava muito clara ali. Era isso, enfim eu estava enlouquecendo.

Saí para o treino sozinho antes mesmo do sol aparecer. Estava sufocante ficar naquele quarto e estava certo de que a qualquer momento eu iria pirar completamente. Corri os poucos quilômetros até as quadras de treino. Por vezes tive certeza de ouvir mais um par de pés correndo atrás de mim, mas todas as vezes que me virei não havia ninguém.
Pela décima vez errei o saque no treino. Irritado atirei a bolinha contra a grade, reclamando comigo mesmo.
- Droga... Foco. Preciso parar de me distrair.
Em questão de segundos a mesma bolinha que havia atirado contra a grade do outro lado da quadra batia com força em minha cabeça. Me virei pronto a mandar para o inferno quem quer que fosse que tivesse atirado aquela bola em mim. Eu estava sozinho na quadra.
- Impossível... – Sussurrei para o nada.
- Impossível é a sua capacidade de ser um babaca! – Alguém estava parado atrás de mim. Desta vez quando me virei, a pessoa continuou ali.
Arregalei os olhos ao mesmo tempo em que tentei dar passos para trás até perder o equilíbrio e cair sentado.
- Tommy... – Fechei os olhos com força, rindo. – Estou tendo visões agora. Ótimo.
Quando abri os olhos meu irmão mais velho continuava em pé na minha frente. Me senti desesperado. Cobri as orelhas com as mãos e fechei os olhos com mais força.
- Você não está aqui. É só uma ilusão. Só uma ilusão. Estou cansado demais e abalado com o acidente. É só isso. – Abri os olhos e não tinha mais ninguém na minha frente. Suspirei aliviado.
- Repetir isso te faz sentir melhor? – Tommy estava sentado ao meu lado, extremamente perto, com sua cara de tédio, ignorando completamente o quase infarto que tive naquele momento.
- Você... Você... Morreu... Ah, meu Deus... Você... – Eu gaguejava, ficando em pé e andando de um lado para o outro, esperando que a qualquer momento eu olhasse para meu irmão e ele sumisse. – Como é que você...? Por que...? Você é um fantasma?
- Luke, se acalme! Está parecendo a mamãe quando descobriu que eu fumava. – Tommy se levantou e enfiou as mãos nos bolsos, sorrindo para mim. – Sim, sou um fantasma. Estava do outro lado assistindo você aqui e não agüentei você fazendo essa idiotice de estragar o torneio. Por isso vim até aqui.
Senti meus olhos se encherem de lágrimas e vi a expressão de meu irmão passar de um sorriso fraterno para a surpresa, dando um passo para trás e apontando o indicador em minha direção.
- Se você chorar outra vez porque morri, juro que vou te dar uma surra. É, eu posso fazer isso, acredite. – Logo voltou ao sorriso. – Irmãozinho, relaxe. Foque no torneio. Estarei aqui com você o tempo todo. Vença por mim.
E ele ficou. A cada treino, a cada jogo, Tommy estava ali, visível para mim e invisível para o resto do mundo, sempre me aconselhando e apontando meus erros como fez durante toda a vida. Ele parecia verdadeiramente feliz e isso me deixou feliz. Aos poucos fui melhorando e avançando no torneio.
Dois meses depois do acidente lá estava eu, nas finais do grande torneio com meu irmão morto me incentivando a vencer.
- Parece abatido. Achei que ficaria feliz de chegar até aqui. – Tommy conversava comigo no vestiário vazio.
- Estava só pensando que nunca vamos saber qual de nós é o melhor. Quero dizer... – Minha voz começou a ficar fraca e emotiva. – Nunca mais vou jogar contra você.
- Inventaram a palavra Problema... – Ele começou.
- Para justificar a palavra Superação. – Terminei, pegando minha mochila e seguido para a quadra.

Estava triste porém concentrado. Ganhei o primeiro set com um pouco de esforço, afinal esta era a decisão do torneio, não era um tenista qualquer que jogava contra mim.
- Mudança de quadra. – Anunciou o juiz e ambos trocamos de lado na quadra. Tínhamos dois minutos de intervalo.
Quando sentei no banco para respirar vi Tommy do outro lado da quadra, onde tinha ficado o tempo todo. Abaixei para ajustar a cadarço do tênis e quando olhei novamente ele não estava mais ali. Procurei em volta, mas não havia sinal da presença de meu irmão. O juiz nos chamou de volta ao jogo e entrei sentindo que meu irmão me abandonara.
- Saque, Morgan. – Ao sinal do juiz a partida recomeçou.
Algo estava estranho. Todos notaram. Os cochichos se espalharam pelas arquibancadas e as vozes dos comentaristas vieram claras. Robert Morgan era canhoto, mas agora a raquete estava em sua mão direita.
Morgan quicou a bolinha no chão, jogou pra cima e acertou com a raquete em cheio. Podia jurar que a bolinha viria para a minha direita, mas o saque em curva a jogou no meio da linha de fundo.
- Ace! – Gritou o juiz anunciando o ponto perfeito. Quando um tenista faz o saque e o adversário não consegue reagir.
Os comentaristas logo entraram em cena.
- Isso foi um saque em curva, Evan? – Um dizia.
- Foi sim, Charlie. Uma jogada realmente difícil que poucos conseguem fazer. O que mais chamou minha atenção é a mudança de mão do Morgan.
Eu estava imóvel. Não conseguia me mover. O saque em curva era um desafio grande para um tenista. Poucos conseguiram. A maioria eram tenistas aposentados. Outros tantos jogavam em duplas. Apenas um tenista dos individuais conseguia fazer isso.
- Tommy!
Enfim consegui compreender. Meu irmão havia incorporado em Robert Morgan, ou algo assim, e agora eu estava jogando contra Thomas Laynes. Não consegui evitar um sorriso ao vê-lo mostrar o mesmo sorrisinho de canto que significava “Vou acabar com você”.
A partida começava a valer a pena. O público aplaudia jogadas complexas, ficava em pé para gritar com alegria a cada ponto sofrido. Os comentaristas já comparavam as novas jogadas de Morgan com o estilo de Laynes e acreditavam que esta era apenas uma homenagem ao falecido tenista. Ah, se eles soubessem...
Tommy ganhou o segundo e terceiro sets. Ganhei o quarto set. O quinto estava disputado. Até então já tínhamos cinco horas de jogo. Estava exausto para dizer o mínimo e logo me peguei pensando se meu irmão morto podia sentir cansaço. Se não, este jogo estava sendo roubado. Ri do pensamento.
- Deuce. – Anunciou o juiz. Estávamos empatados no último ponto.
Tommy fez um ponto, o que lhe deu a vantagem. Mais um ponto dele e era o fim do jogo. O ponto foi meu, lhe tirando a vantagem e voltando a situação de Deuce. Assim se seguiu por quase cinqüenta minutos. Um tinha a vantagem, o outro pontuava e voltava o Deuce.
- Triplo Deuce! – Gritou o juiz acompanhado dos aplausos do público.
Chegávamos a seis horas de jogo e não agüentaria muitos minutos mais. Consegui a vantagem. Tommy quase conseguiu o ponto, mas salvei a bola e devolvi de forma inesperada. Meu irmão não alcançou a bola que bateu extremamente próxima da linha de fundo, ainda dentro da quadra. Fim de jogo. A vitória era minha.
O publico gritou de empolgação. O juiz anunciava minha vitória. Durante minha comemoração senti uma dor aguda na perna esquerda. Minutos depois eu estava no chão, ainda gritando, mas desta vez de dor.
Meu técnico correu até onde eu estava, o grupo médico veio logo atrás. Todos falavam, mas só conseguia ouvir meus próprios gritos. Algo frio tocou minha mão e consegui parar de gritar.
- Luke! Luke, calma. Vai dar tudo certo, irmão. Estou aqui. – Tommy estava ajoelhado ao meu lado, invisível para todos. A dor era imensa e meus sentidos iam ficando cada vez piores. Olhando para meu irmão, desmaiei.

O constante apito ritmado atrapalhou meu sono. Abri os olhos para encarar um teto impecavelmente branco.
- Bom dia.
Virei o rosto para meu irmão parado próximo a janela. Tentei sentar mas inúmeros fios e agulhas estavam ligados a mim. Tommy logo se aproximou pedindo que eu ficasse quieto. Olhei em volta no quarto de hospital. Minha mãe dormia no sofá do canto.
- Onde estamos?
- Paris. Você desmaiou depois do jogo ontem à tarde. Mamãe e papai correram para cá imediatamente. – Tommy olhou para nossa mãe. – Ela não sai daqui para nada.
- Eu ganhei de você. – Ri baixo, ainda afetado pelos remédios.
- É, e vai ficar quatro meses parado até recuperar esse joelho. – Meu irmão também ria. – Mas você jogou muito bem, Luke. Para ser sincero, sempre achei que eu seria melhor. Desculpe, não devia duvidar de você. É um grande tenista, Luke Laynes.
- Tive um bom professor. – Sorri, lembrando de toda nossa infância, quando Tommy me ensinava o básico e jogávamos juntos.
Meu sorriso logo sumiu. Meu irmão observava nossa mãe e sorria, mas algo estava errado.
- Tommy, você está transparente. – Falei surpreso.
- Ela reza minuto a minuto para que Deus não te leve também. – Ele me ignorava.
- Tommy. – Chamei.
- Prometi que levaria ela e papai para conhecer o mundo. Faça isso por mim, Luke.
- Tommy! – Gritei e enfim ele me olhou.
- É minha hora, irmão. – Ele sorria com tristeza. – Vim ajudá-lo com o torneio. Não quero que abandone as quadras. E cumpri minha promessa de jogar contra você na final.
- Não vá... Tommy, fique aqui, sempre. – Ele ria.
- Você cresceu. Não tenho mais nada para lhe ensinar. – Tommy foi até nossa mãe e lhe deu um beijo na testa, voltando para perto de mim e segurando minha mão. – Luke, prometa para mim que não vai abandonar as quadras. Prometa que fará tudo o que puder para ter uma vida ótima e que eu terei motivos para me orgulhar ainda mais de você.
- Eu prometo... – Minha voz saiu difícil. Dessa vez Tommy não me criticou por chorar.
Meu irmão soltou minha mão e caminhou até a janela abrindo as cortinas. O brilho do sol da manhã iluminou todo o quarto e tive que cobrir os olhos por um instante.
- Nunca deixe de acreditar que inventaram a palavra Problema para justificar a palavra Superação. – Tommy estava ainda mais transparente diante da luz do sol. – Eu viverei para sempre, Luke, na sua memória. Não podia ter tido um irmãozinho melhor. Adeus, Luke.
Quando meus olhos se acostumaram com a claridade da manhã, Tommy já havia partido. Restava apenas a cortina balançando de leve com a brisa da manhã.
Continuei minha carreira no tênis por longos anos, até estar totalmente incapacitado para jogar e se forçado a me aposentar. Meu pai já havia falecido pela idade, e minha mãe estava bem idosa, mas pude cumprir a promessa de meu irmão de dar-lhes uma viagem pelo mundo. Voltei a morar na casa de nossa família. Quando estava revirando coisas velhas no sótão, encontrei um antigo caderno de anotações de Tommy. Entre muitas coisas, estavam os planos de uma instituição que daria espaço para jovens aprenderem de graça o esporte e todo o suporte para terem uma ótima carreira. Nos cinco anos seguintes trabalhei no projeto de meu irmão.
- Declaro aberta a Academia de Tênis Thomas Laynes, com sede em Londres. – Falava com elegância na abertura do prédio.
Cortei a faixa de inauguração e todos os presentes aplaudiram. Durante a bagunça e a empolgação dos que estavam ali, um sussurro foi trazido pelo nada até meus ouvidos.
- Muito bem, irmãozinho.

~ FIM ~